Observação: s.f. Ato ou efeito de observar.
Exame, análise.
Nota, reflexão.
Nota escrita.
Advertência.
Censura.
Estar em observação, permanecer sob vigilância médica, policial etc.
Se procurares no dicionário a definição para a palavra "observação", verás os significados acima citados. Embora eu prefira adotar os dois primeiros para meus rascunhos textuais que seguem...
Possuo dois olhos famintos. Não, não se assuste com o peso que os adjetivos possam trazer para as minhas afirmações. Mas é assim que, com o perdão da redundância, os vejo. O faro jornalístico ou a curiosidade aguçada me tornaram muito observadora. Isso pode ser encarado como um fator positivo, pois as pessoas que observam são mais reflexivas.Prefiro pensar assim.
Notei que observar e refletir sobre as coisas a minha volta, sobre as pessoas, as situações, os lugares, me fazia um bem danado e comecei a praticar mais isso. Esquecendo um pouco a criatividade e voltando a um mesmo ponto, cá estou eu pensando em citar a praia da Ibiraquera/SC.
Não é de hoje que digo que este lugar, que gosto de chamar de mágico, me faz ter novas perspectivas e olhares. Mas cada vez que retorno para casa trago algo novo comigo, alguma coisa que me fez e faz crescer. Pode ser uma experiência diferente, podem ser as duas semanas de intenso recolhimento e isolamento, pode ser uma breve passagem, ou 7 dias de risos e sentimentos bons.
Vou chamar esta nova e recente experiência de "os dias de observação e amor".
Lembro-me exatamente de um momento singular de olhares intensos na beira da praia. Um fim de tarde sozinha, sentada próxima ao mar, observando tudo em silêncio. Sentada com as pernas cruzadas e com o coração escancarado pude sentir amor viajando pelo ar. As pessoas que ali passavam, os cães que seriam de rua, mas que o amável povo local adotou como seus, se aproximando sem medo e pedindo carinho, os surfistas com suas pranchas e a devoção pelo mar, a mãe e a filha brincando na areia, o casal que molhava os pés na calma e quente água da lagoa. Enfim, tantos e tantos seriam os 'cases' de diferentes tipos de amor. Eu estava sozinha, pois as 'hermanas' estavam na Praia do Rosa, mas de qualquer maneira eu não estava completamente só. Em mim brotava a satisfação de estar completa, feliz por nenhum motivo aparente e com o privilégio de poder enxergar essa magia.
O meu período de amor na Ibiraquera foi intenso. Foi também de descobertas. Ninguém consegue viver sozinho, por mais que precise de momentos de solitude para observar e aprender, como eu fiz. Esse novo momento na Ibiraquera, o do amor, foi especial, pois eu estava com pessoas que amo e que de maneiras diferentes puderam enxergar a mesma mágica. Intercalar momentos de solidão com momentos de risos com pessoas do bem foi extremamente valioso e inesquecível. Momentos assim, sem festas e sem civilização, são muito completos. Nos fazem ver que não precisamos de tantas coisas mundanas para viver. Sem horários, sem rédeas, sem compromissos, sem stress, sem cobranças, sem planos maiores. Estar com pessoas que nos fazem bem, que nos ensinam algo da sua maneira, perto da natureza, simplesmente consumindo vida.
Eu não conseguiria viver sempre lá. Me lembro de ter dito a minha amiga Maitê que também tenho ambições profissionais e também gosto de badalações. Mas preciso vivenciar algumas (muitas) vezes ao ano esses períodos de aprendizado.
Volto sempre com novos ensinamentos e novas conclusões e dessas vez, voltei também com muitos questionamentos.
Afinal, o que quero desta vida?
Simplesmente viver ou passar meus dias vagarosos cumprindo tarefas e ignorando o que é verdadeiro? O que gosto mesmo de fazer e o que quero fazer nos próximos anos da minha vida? Quero mesmo ficar trabalhando de maneira escravizante ou quero ser feliz com algo que realmente me completa?
As respostas eu ainda não encontrei. Mas tenho o inicio para uma nova busca, a busca pelo que eu sou e do que eu quero para mim. Vou tentar achar o caminho, o verdadeiro caminho.
Uma coisa que descobri é que nada neste mundo acontece por acaso, nenhuma pessoa que aparece em nossas vidas surge do nada. Cada uma da sua maneira vem nos expor algo diferente.
Tenho certeza que todas que apareceram na Ibiraquera vieram me mostrar ou me incentivar a buscar também o meu caminho.
Obrigado vida, obrigada Ibiraquera por mais períodos como esse.
Agora, além de observar vou também buscar e que nessa busca, novos capitulos aconteçam.. de amor, entrega e luz.
Vou chamar esta nova e recente experiência de "os dias de observação e amor".
Lembro-me exatamente de um momento singular de olhares intensos na beira da praia. Um fim de tarde sozinha, sentada próxima ao mar, observando tudo em silêncio. Sentada com as pernas cruzadas e com o coração escancarado pude sentir amor viajando pelo ar. As pessoas que ali passavam, os cães que seriam de rua, mas que o amável povo local adotou como seus, se aproximando sem medo e pedindo carinho, os surfistas com suas pranchas e a devoção pelo mar, a mãe e a filha brincando na areia, o casal que molhava os pés na calma e quente água da lagoa. Enfim, tantos e tantos seriam os 'cases' de diferentes tipos de amor. Eu estava sozinha, pois as 'hermanas' estavam na Praia do Rosa, mas de qualquer maneira eu não estava completamente só. Em mim brotava a satisfação de estar completa, feliz por nenhum motivo aparente e com o privilégio de poder enxergar essa magia.
O meu período de amor na Ibiraquera foi intenso. Foi também de descobertas. Ninguém consegue viver sozinho, por mais que precise de momentos de solitude para observar e aprender, como eu fiz. Esse novo momento na Ibiraquera, o do amor, foi especial, pois eu estava com pessoas que amo e que de maneiras diferentes puderam enxergar a mesma mágica. Intercalar momentos de solidão com momentos de risos com pessoas do bem foi extremamente valioso e inesquecível. Momentos assim, sem festas e sem civilização, são muito completos. Nos fazem ver que não precisamos de tantas coisas mundanas para viver. Sem horários, sem rédeas, sem compromissos, sem stress, sem cobranças, sem planos maiores. Estar com pessoas que nos fazem bem, que nos ensinam algo da sua maneira, perto da natureza, simplesmente consumindo vida.
Eu não conseguiria viver sempre lá. Me lembro de ter dito a minha amiga Maitê que também tenho ambições profissionais e também gosto de badalações. Mas preciso vivenciar algumas (muitas) vezes ao ano esses períodos de aprendizado.
Volto sempre com novos ensinamentos e novas conclusões e dessas vez, voltei também com muitos questionamentos.
Afinal, o que quero desta vida?
Simplesmente viver ou passar meus dias vagarosos cumprindo tarefas e ignorando o que é verdadeiro? O que gosto mesmo de fazer e o que quero fazer nos próximos anos da minha vida? Quero mesmo ficar trabalhando de maneira escravizante ou quero ser feliz com algo que realmente me completa?
As respostas eu ainda não encontrei. Mas tenho o inicio para uma nova busca, a busca pelo que eu sou e do que eu quero para mim. Vou tentar achar o caminho, o verdadeiro caminho.
Uma coisa que descobri é que nada neste mundo acontece por acaso, nenhuma pessoa que aparece em nossas vidas surge do nada. Cada uma da sua maneira vem nos expor algo diferente.
Tenho certeza que todas que apareceram na Ibiraquera vieram me mostrar ou me incentivar a buscar também o meu caminho.
Obrigado vida, obrigada Ibiraquera por mais períodos como esse.
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