terça-feira, 18 de agosto de 2009

Não queremos ser cobaias


Natureza, DNA, genes, alimentos. Parecem coisas bem diferentes com nenhuma semelhança entre si. Mas não, vamos trazer à tona a polêmica dos transgênicos. Para quem não sabe alimentos transgênicos são aqueles que tiveram genes estranhos, de qualquer outro ser vivo, inseridos em seu código genético. O processo consiste na transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada característica num organismo para outro organismo ao qual se pretende incorporar esta característica.
O mundo inteiro, principalmente a Europa tem rejeitado esses alimentos por não saber os males que podem fazer ao corpo. Ao comer um milho, por exemplo, não se sabe qual gene foi inserido na comida. Com essa tecnologia pode-se inserir genes de porcos em seres humanos, de vírus ou bactérias em milho e assim por diante.
Mas não queremos ser cobaias. Nem nós seres humanos nem a natureza. Tais produtos geraram uma grande e forte polêmica acerca do seu cultivo e consumo. Há quatro anos 30% do algodão e 20% do milho mundial eram transgênicos. As vantagens é que são resistentes a insetos e pragas, se adaptam à diferentes climas. Mas as vantagens são poucas em relação as desvantagens visto que a população protesta por causa das suspeitas que esses produtos poderiam causar doenças como o câncer, alergia, além de aumentar a resistência contra agrotóxicos e antibióticos.
Na natureza, os transgênicos empobrecem a biodiversidade e eliminam abelhas, minhocas e outros animais, além de espécies de plantas, também desenvolvem ervas daninhas resistentes. O que mais preocupa é que a produção de transgênicos tem um carácter muito econômico, visto que países desenvolvidos adotam uma postura contraria, com exceção dos Estados Unidos que está entre os maiores produtores. O Brasil assim como a Argentina também está no pódio dos grandes produtores. A cautela existe, mas mesmo que 80% da sociedade não aprove os alimentos geneticamente modificados, sua produção existe em grande número, principalmente áqui no sul do país.
Existem também alguns outros problemas que as pessoas às vezes esquecem como a ameaça a biodiversidade, visto que ao liberar organismos geneticamente modificados na natureza, colocamos em risco variedades nativas de sementes que vêm sendo cultivadas há milênios pela humanidade. Além disso, os transgênicos podem afetar diretamente seres vivos que habitam o entorno das plantações. A dependencia dos agriculutores à empresa Monsanto(maior produtora de grãos) também é um problema, assim como a baixa produtividade, uso excessivo de herbicida e a tão comentada ameaça a saúde humana.
O que temos que ter em mente é que transgênicos são seres vivos criados em laboratório, com cruzas genéticas que jamais aconteceriam na natureza.Algo totalmente fora do ciclo natural do universo. Agora a bayer está implantando o arroz transgênico. Seus males ainda são um pouco desconhecidos. Mas podemos imaginar que o arroz com feijão de todo dia será um campo de textes da empresa. Ficam então as perguntas: o que iremos levar para nossa mesa? O que queremos para a nossa saude? E principalmente o que falta fazerem contra a natureza?



Um comentário:

  1. Mt bom seu blog, o que não gostei foi o simbolo do gremio, mas faz parte, ninguém é perfeito .. huahua

    concordo plenamente com as idéias expostas a respeito do transgênico ... estamos em uma época complicada para qualquer tipo de plantio, e essa seria uma boa saída para os problemas de plantação, uma vez que aumentaria as chances de uma boa colheita... mas até onde a "boa colheita" é uma colheita boa ? o que sabemos sobre transgênicos? o novo tem sido investigado em busca de efeitos colaterais ?

    perguntas simples, porém de grande valia no estudo do tema citado.

    abraço

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