Acordei às 7 horas, mais cedo que o de costume, mas é que fiquei cansada de dormir. Abri a janela do quarto e liguei o som, nada fora do habitual.O céu estava tão claro, tão azul. Os raios de sol já refletiam sobre o vidro e ofuscavam meus olhos. "Que magia, que dia"- pensei. Na rádio tocava um Chili Pepers, mais precisamente Scar Tissue.Abro minha bolsa e tiro um cigarro, meio amassado da carteira maço que comprei na noite passada. Acendo-o. Dizem que a nicotina chega em 5 segundos ao cérebro.Passam-se portanto 5 segundos suficientes para sentir o prazer em senti-la circulando pelo corpo."Ahh!!" - sinto eu neste momento.
Confesso que sou uma fumante nojenta, odeio o cheiro que ele provoca no ar e que fica na gente depois. Daí eu pensei “nossa em quantos lugares eu já acendi um cigarro na janela e pensei a mesma coisa?”. Veio-me imediatamente a sensação de estar em outro lugar, que realmente já estive fazendo aquilo, exatamente da mesma forma, maneira de segurar, maneira de estar encostada sobre a sacada, olhando para algo além.
Eu estive em uma sacadinha muito charmosa em julho deste ano, sua vista era a Eletrosul em Florianópolis, mas atrás tinha um curioso morro, povoado por sereszinhos iguais a mim.Com as mesmas angústias, mesmas expectativas, outras até que fumam, idênticas a mim. Elas também poderiam estar olhando para o seu além e vendo nada mais nada menos que o meu prédio no alto de uma servidão.
Mas eu me lembro exatamente da sensação que eu sentia quando estava naquela sacada. Ela não tinha nada demais, mas pertencia a uma cidade que, lembro de ter falado um trilhão de vezes, é um lugar especialíssimo no meu coração. Acho que a minha amiga ainda estava dormindo nessa hora, o dia estava nublado. É, não ia dar praia. Lembro de estar muito feliz, mais do que eu imaginava estar.
O cigarro está chegando no filtro, mais duas tragadas ele vai acabar. Que nada! Eu tinha mais dois cigarros amassadinhos dentro da bolsa. Alias, essa é a pior parte na vida de um fumante, quando o cigarro esta acabando. Imediatamente lembrei que eu estava na sacada da minha casa, do mesmo jeito que lá em Floripa. O cigarro era o mesmo, a sensação é que não era...
Que loucura! Melhor eu ir tomar meu café da manhã...
Confesso que sou uma fumante nojenta, odeio o cheiro que ele provoca no ar e que fica na gente depois. Daí eu pensei “nossa em quantos lugares eu já acendi um cigarro na janela e pensei a mesma coisa?”. Veio-me imediatamente a sensação de estar em outro lugar, que realmente já estive fazendo aquilo, exatamente da mesma forma, maneira de segurar, maneira de estar encostada sobre a sacada, olhando para algo além.
Eu estive em uma sacadinha muito charmosa em julho deste ano, sua vista era a Eletrosul em Florianópolis, mas atrás tinha um curioso morro, povoado por sereszinhos iguais a mim.Com as mesmas angústias, mesmas expectativas, outras até que fumam, idênticas a mim. Elas também poderiam estar olhando para o seu além e vendo nada mais nada menos que o meu prédio no alto de uma servidão.
Mas eu me lembro exatamente da sensação que eu sentia quando estava naquela sacada. Ela não tinha nada demais, mas pertencia a uma cidade que, lembro de ter falado um trilhão de vezes, é um lugar especialíssimo no meu coração. Acho que a minha amiga ainda estava dormindo nessa hora, o dia estava nublado. É, não ia dar praia. Lembro de estar muito feliz, mais do que eu imaginava estar.
O cigarro está chegando no filtro, mais duas tragadas ele vai acabar. Que nada! Eu tinha mais dois cigarros amassadinhos dentro da bolsa. Alias, essa é a pior parte na vida de um fumante, quando o cigarro esta acabando. Imediatamente lembrei que eu estava na sacada da minha casa, do mesmo jeito que lá em Floripa. O cigarro era o mesmo, a sensação é que não era...
Que loucura! Melhor eu ir tomar meu café da manhã...
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