quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Demasiadamente incrível, surpreendente e sútil como as músicas nos atingem. As melodias encaixadas, as letras soltas e o tom da voz que nos prendem e nos fazem cantarolar junto. Algumas, grudentas, colam em nossas cabeças como chicletes gastos e ali permanecem até que outra canção surja..
Acho que de todas as artes, a música, talvez, seja a que mais nos complete. Não por ser a mais completa, a mais bonita, ou a mais inteligente, mas por marcar diversos momentos de nossas vidas. Quem nunca pensou em alguém ao ouvir tocar uma canção na rádio? Quem nunca chorou ao lembrar de um momento passado ao recordar uma música que tocava naquele instante?
A música, como arte em geral, nos traz sempre uma mensagem, pode ela ser de amor, amizade, coragem, vida...etc. Mas elas podem querer não dizer absolutamente nada e mesmo assim nos atingir.
E como dizia o rei do reggae Bob Marley : "Uma coisa boa da música é que quando ela te atinge você não sente dor.."
E é a mais pura verdade. Sua capacidade de nos atingir com uma leveza quase nada notável, faz da música uma das mais belas invenções da humanidade. E aí, independe o gosto musical de cada um. A música quebra as barreiras das possibilidades, por trazer inúmeros tipos e gêneros, batidas  graves ou suaves cordas de violão, os loops eletrônicos ou acordes de guitarras. O fazer música, com qualquer que seja o instrumento, é uma das expressões artísticas mais tocantes e emocionantes.
Elas também têm o poder de combinar com os nossos sentimentos. Se estamos tristes e queremos um pouco de solidão, ouvimos uma música que combine com o momento, se queremos festa e estamos felizes, colocamos uma música mais alegre, se desejamos relembrar alguns momentos, escutamos aquilo que nos remete a eles... Aí, já falo como uma canceriana, que sente saudades de tanta coisa..
Até que chegamos a outro ponto relacionado ao mundo musical. Os críticos falam muito do fazer música e que essa geração é notavelmente inferior às passadas. O que, de certa forma, eu concordo. Acho muito dificil alguém superar os velhos e bons rockeiros do passado como Jimi Hendrix, Janis Joplin, John Lenon, Kurt Kobain.. Ou então o mensageiro do roots reggae Bob, e até mesmo um dos rappers mais conhecidos mundialmente o Tupac. Talvez porque foram eles os principiantes, ou porque viviam em um período histórico diferente, mais repressivo e menos democrático. Olhando pela perspectiva nacional, também acho dificil superarem os grandes da música tupiniquin, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Elis Regina, Cassia Eller, Cazuza, Renato Russo... eles foram e serão únicos, referências musicais.
Mas ainda são criadas músicas boas (pelo meu olhar), diferentes das clássicas do passado, mas bonitas, se admiradas de outras formas. O mundo mudou, a era é digital, se tudo se transformou, a música não ficaria atrás. E é ai que se nota outra beleza .. A música perpassa as linhas temporais.Ela é atemporal.Isso porque são criadas novas canções , mas as antigas continuam a serem escutadas e pedidas.
- Toca Raul!! -  quem nunca ouviu?

Música é isso. Que atire a primeira pedra quem nunca teve uma canção pra chamar de sua. Pra mim, música é arte, coisas boas, mas é como oxigênio, não vivo sem. Quero continuar sendo atingida por diversas delas, todos os dias.
Porque como disse o eterno fera das guitarras Jimi Hendrix: Music is my life!

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