sábado, 6 de novembro de 2010

(A) moral

Pois é. Estava eu hoje refletindo sobre uma coisa que tenho diariamente percebido em mim, o fato de eu dar mais valor e cumprir com mais eficiência aquilo que me deixa moralmente preso, do que fatos que eu deveria ter certa obrigação de cumprir, não os cumpro pelo simples fato de serem há meu ver, uma questão que mexa no psíquico, ego, ou que seja, na minha moral.

Mas e onde reside essa moral? O que é essa moral? Talvez esteja ai a resposta para as mais badaladas perguntas que sempre me fiz. Uma delas?! Bom, quem sabe um dia eu conte, por enquanto, deixemos que ela fique sub-entendida no âmago da essência natural do meu ser.
Por certo que neste momento em que um cigarro mal apagado joga fumaça para o alto e eu tomo meu café, passam questões ainda sem resposta pela minha mente, mas o caminho, o formidável caminho que posso ter descoberto me faz sentir que posso finalmente ser livre, liberto dessa "coisa" que me atormente há muitos anos. Sim, certamente que atormenta, eu nunca soube o porque que em determinadas situações me sentia preso e em outras completamente indiferente.

O mais fácil seria não me envolver moralmente com nada que pudesse me comprometer a sanidade, porém, que culpa tenho eu se ainda necessito da insanidade para aprender sobre o que vive escondido em mim. Ora, vamos convir que a aventura de descobrir o que vive dentro de nós é muito mais interessante do que a aventura de viver para descobrir o que está perto de nós. Para aprender sobre os outros não se faz necessário, na maioria das vezes, conhecer teorias e estudos, basta que conheça a si. O eu é mais determinante na hora de saber quem e como são os outros.

Os outros, será que o ciclo final são os outros? Ou é apenas o eu que se coloca no lugar dos outros para findar um eterno eu?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Uma folha

Sabe, quem nunca quis ter um diário em que anotasse os pensamentos mais loucos e as infindas idas e vindas dos desejos que transcorrem na mente? Pois eu tentei, inúmeras vezes, sem sucesso, claro. Sempre me pareceu sem sentido ao passo que parecia ter sentido.

Quando começaram as febres de blog, fotolog e caralho a quatro eu pensei que ai estaria uma forma de me expressar para consumo próprio, descobri que não, coisas que me exigem um grau de comprometimento, do qual estranhamente, por mais que queira não saiba como assumir, (funny)!
O eterno yin-yang, ir e vir, direita-esquerda, bom e mau, ser ou não ser, amor e ódio, sim, é eterno. Eu sou a dualidade em pessoa, mas isto nada mais é do que um personalidade que busca um entendimento maior, não me sinto errado, tão pouco perdido, apenas me sinto deslocado. Buscar algo que se tem mas que nega-se absorver em realidade, é punk.

Crises de existência são frequentes no meu dia-a-dia, é bom. Talvez hoje, enquanto universitário me sinta um pouco mudo, porque (odeio esses porques, nunca sei qual usar) ao contrário de muitos eu prefiro escutar do que falar, um erro em muitas das vezes.

Faz horas que enrolo aqui escrevendo e não vejo sentido no que escrevo, tudo isso porque mais uma vez me sinto paralisado, acontecimentos não programados e sentimentos não previstos tomaram conta nos últimos dias e agora as coisas mostram-se tão parecidas como diferentes e indiferentes.

Perdi toda a linha do raciocínio que não se inicio desde o inicio. Entendeu?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O meu dilema

De um lado o campo profissional e a estabilidade financeira. Do outro, o coração sedento por vida e mudança. E agora? - Indaguei! 
As respostas e pistas que a vida dá podem parecer dificeis de compreender ou de encontrar. A minha veio de um simples, mas genial texto do Pablo Neruda encontrado na pasta 'divagações' no meu computador. Coicidência, resposta ou nada disso, vale a pena ler...



"Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."


Pablo Neruda

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sempre achei interessante discutir sobre a essência das coisas que nos rodeiam. Quando é para escrever sobre isso, liberto meu coração e simplesmente escrevo com ele na ponta dos dedos. Se o assunto é amor, melhor ainda. 
Muitas pessoas se sentem retraídas quando o assunto é sexo. Talvez porque tenham vergonha, talvez porque não estão satisfeitas, ou mesmo por ser desconfortável conversar sobre isso. O fato é que muitas pessoas , ou melhor a maioria delas, vê o sexo de uma forma comum. Há algum tempinho tenho me interessado por filosofias alternativas e por uma busca da essência das coisas. Com isso, tenho lido bastante sobre o tântra. Aí está um texto do Osho sobre as diferenças comuns entre o sexo comum e o sexo tântra.

 

"Seu ato sexual e o sexo tântrico são fundalmentalmente diferentes. Seu ato sexual é para aliviar; é como dar um bom espirro. A energia é jogada fora e você fica aliviado. Isso é destrutivo, não é criativo. É bom, terapêutico. Ajuda você a relaxar, nada mais.

O sexo tântrico é diametralmente oposto e completamente diferente. Não é para aliviar, não é para jogar energia fora. É para permanecer no ato sem ejaculação, sem jogar energia fora; permanecer no ato excitado — apenas na parte inicial do ato, não no final. Isso muda a qualidade — a qualidade final é diferente.

Tente entender duas coisas. Existem dois tipos de clímax, dois tipos de orgasmos. Um tipo de orgasmo é conhecido. Você chega ao pico da excitação, depois você não pode ir além disso: o fim chegou. A excitação chega a um ponto onde isso se torna involuntário. A energia pula para dentro de você e sai. Você fica aliviado, descarregado. A carga de energia é jogada; aí você pode relaxar e dormir.

Você está usando o sexo como tranquilizante. É um tranquilizante natural, o ajudará a dormir bem — se sua mente não estiver oprimida pela religião. Caso contrário, mesmo o tranquilizante não vai fazer efeito. Se sua mente não estiver oprimida pela religião, só então o sexo pode ser algo tranquilizante.
 
Se você sente-se culpado, mesmo seu sono será perturbado. Você se sentirá deprimido, você começará a se condenar e fará juramento de que não se entregará mais. Então o seu sono se tornará um pesadelo depois. Se você é um ser natural não oprimido pela religião e pela moralidade, então o sexo pode ser usado como um tranquilizante.

Este é um tipo de orgasmo — chegar ao pico da excitação.

O Tantra é centrado em outro tipo de orgasmo. Se nós chamarmos o primeiro tipo de orgasmo do pico, você pode chamar o orgasmo do Tantra de orgasmo do vale.
 
Nesse tipo de orgasmo, você não chega ao pico da excitação, mas no vale mais profundo do relaxamento. A excitação tem que ser usada por ambos no começo. É por isso que eu digo que no começo eles são iguais, mas no fim eles são totalmente diferentes.

A excitação tem que ser usada por ambos: ou você alcança o clímax da excitação ou o vale do relaxamento. Para o primeiro, a excitação tem que ser intensa — cada vez mais intensa. Você tem que crescer na sua excitação, você tem que ajudá-la a crescer em direção ao pico.

No segundo, a excitação é apenas o começo. E uma vez que o homem tenha penetrado, ambos, amante e amado podem relaxar. Nenhum movimento é necessário. Eles podem relaxar num abraço amável.

Quando o homem sentir ou a mulher sentir que a ereção vai ser perdida, então é necessário um pequeno movimento para voltar a excitação. E depois relaxe novamente. Você pode prolongar esse abraço intenso por horas, sem ejaculação, e depois ambos podem adormecer juntos. Este é o orgasmo do vale. Ambos estão relaxados, e se encontram como dois seres relaxados.
 
No orgasmo comum, vocês se encontram como dois seres excitados, tensos, tentando descarregar suas energias. O orgasmo comum parece loucura; o orgasmo tântrico é uma profunda, relaxante meditação.

Você talvez não esteja consciente disso, mas esse é um fato da biologia, da bioenergia, onde mostra que o homem e a mulher são forças opostas. São o negativo e o positivo, o yin e o yang, ou qualquer coisa que queira chamá-los — eles estão desafiando-se mutuamente.

E quando ambos se encontram num profundo relaxamento, eles se revitalizam um no outro. Ambos se revitalizam, tornam-se geradores, sentem-se mais vivos, tornam-se radiantes com a nova energia, e nada é perdido. Apenas pelo encontro com o polo oposto a energia é renovada.
 
O amor tântrico pode ser feito tanto quanto quiser. O ato sexual comum não pode ser feito da mesma forma porque você está perdendo energia ao fazê-lo, e seu corpo terá que esperar para recuperar. E quando você recupera energia, você irá perdê-la novamente. Isso parece absurdo. Sua vida inteira é gasta em ganhar e perder, recuperar e perder. Isso acabou virando uma obsessão.

A segunda coisa a ser lembrada: você talvez tenha ou talvez não tenha observado que quando você olha para os animais, você nunca os vê desfrutando o sexo. Nas suas relações sexuais, eles não estão sentindo êxtase ou desfrutando.

Olhe para os macacos, para os cães ou para qualquer outro tipo de animal. Em seus atos sexuais você não pode ver que eles estão sentindo êxtase ou desfrutando — você não pode! Parece ser um ato mecânico, uma força natural os empurrando em direção ao ato sexual.

Você já observou macacos em suas relações sexuais? Depois do ato sexual eles se separarão. Olhe para eles: não há nenhum êxtase neles, é como se nada tivesse acontecido. Quando a energia empurra pra fora, quando a energia é muita, eles a descarregam.
 
O ato sexual comum é exatamente como isso, mas os moralistas dizem exatamente o contrário. Eles dizem: "Não se entregue, não desfrute." Eles dizem: "Isso é como os animais fazem." Isto está errado! Os animais nunca desfrutam; só o homem pode desfrutar. E quanto mais fundo ele desfrutar, mais elevada será a humanidade. E se seu ato sexual pode torná-lo meditativo, extático — o mais alto é alcançado.

No ocidente, Abraham Maslow tornou este termo — experiência de pico — muito formoso.

Sua excitação chega até o pico, e depois cai. É por isso que, depois de todo o ato sexual, você sente uma queda. E é natural porque você está descendo de um pico. Você nunca sentirá isso depois de uma experiência com o Tantra. Você não se sente caindo. Você não pode cair além daquilo porque você está num vale. Melhor, você está subindo.

Depois que você faz sexo tântrico, você percebe que subiu, não caiu. Você sente que está com energia, mais vitalizado, mais vivo, radiante. E esse êxtase continuará por horas, até mesmo dias. Isso depende de quanto profundamente você estava.

Se você se move dentro do sexo tântrico, mais cedo ou mais tarde você perceberá que ejaculação é perda de energia. Não há necessidade disso — a menos que queira ter filhos. E com uma experiência tântrica você sentirá um profundo relaxamento durante o dia todo.

Após o ato sexual tântrico, e mesmo por dias você se sentirá relaxado — você se sentirá tranquilo, à vontade, não-violento, sem raiva, não-deprimido. E esse tipo de pessoa nunca é um perigo para os outros. Se ele puder, ele ajudará os outros a serem felizes. Se ele não puder, pelo menos ele não fará ninguém infeliz.

Só o Tantra pode criar um novo homem, esse homem que pode conhecer o eterno, o não-ego, e uma profunda não-dualidade com a existência crescerá."
 
Osho, em "O Livro do Homem

Curiosidade: O sexo tântrico leva em conta que nossa pele possui cerca de 600 mil pontos de sensibilidade. A ejaculação é considerada um desperdício de energia vital e por isso deve-se aprender a adiá-la.  

  
Sobre Massagem Tântrica:

 
Massagem tântrica e massagem do Lingam e Yoni
A massagem tântrica é uma pequena parte do universo das artes tântricas.
A massagem tântrica é o primeiro passo na aprendizagem de como ser naturalmente um ser sensual e sexual, muito além das fantasias e criações mentais.

Com a massagem tântrica você aprende a realmente sentir seu corpo, integrando as sensações, pensamentos e atitudes do corpo.

A massagem tântrica é uma facilitadora da cura física, emocional e espiritual, pois ela ativa os chakras e, a habilidade de auto-cura do corpo é aprimorada.

A cura vai além da dor física, atingindo e aliviando cicatrizes emocionais que a pessoa tenha adquirido no decorrer da sua vida, impedindo-a de viver sua sensualidade natural.

Mas o que é sensualidade? No verdadeiro sentido da palavra, sensualidade significa sensibilidade sensorial.
A verdadeira massagem tântrica leva a pessoa a redescobrir sua própria sensibilidade sensorial e a capacidade de desfrutar os prazeres dos sentidos.

Não confunda excitação sexual com sensualidade. A massagem tântrica abre os portões do universo sensorial. Para experimentar e redescobrir sua própria sexualidade, você precisa se reconectar com as sensações de seu corpo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Não sou uma crítica de cinema e o jornalismo cultural também nunca foi meu forte, apesar de amar livros, poesias, teatro e música. Enfim, tudo que envolve a ARTE. Porém, ontem assisti a um filme que há muito tempo não gostava tanto. Desse jeito, não podia deixar de vir aqui comentá-lo. O diretor dispensa mais detalhes: Tarantino
Maluco sim, mas genial. Sabe nos prender o filme inteiro com cenas absurdas, mas muito bem feitas. Enquanto assistimos ao longa ficamos impressionados, estagnados e perplexos com tamanha genialidade com que ele monta e emaranha a película. Mas o que mais me impressionou e que me faz admirar tanto o Tarantino é/foi  a maneira com que ele nos mostra as diversas sensações das nossas vidas.
Quem é fumante, por mais que saiba dos malefícios do vício, entende a sensação de tragar um cigarro. No filme ele nos apresenta isso, assim como tantas outras sensações.Colocar um som e mexer com o corpo de forma tão sútil e natural, os enlaces de um beijo cheio de astúcia e desejo, o trajeto do álcool a partir da boca até o sangue, etc...Os personagens sentem e os expectadores conseguem receber isso a cada cena. Assim como deitar-se no carro com os pés pra fora da janela e sentir o vento acariciando cada ponta de cada dedo e deslizando pela sola suavemente...
Acho que está aí  o diferencial do Tarantino. Os seus enquadramentos permitem com que a gente enxergue e sinta o filme de outra forma, por outras perspectivas. Ele nos envolve, nos enlaça...

Tarantino também foge dos clichês americanos. Aliás, creio que da maioria deles. Não se prende a pré-conceitos e foge dos roteiros comuns nos filmes hollywoodianos. Ele também deixa algumas de suas assinaturas típicas, como, por exemplo, o fetiche dos pés e a sua visão da mulher guerreira..A proposta tarantinesca era fazer um verdadeiro filme Grindhouse e creio que ele conseguiu.Grindhouse, pra quem não sabe, foi um projeto de 2007 feito em parceria entre os amigos Quetin Tarantino e Robert Rodriguez, uma homenagem aos filmes sexploitation que eram exibidos em sessões-dupla nos drive-ins. Esse subgênero B, recorrente dos anos 70, investia na violência tosca, no sexo sem propósito, em efeitos ruins e em histórias pouco elaboradas que permitissem a exploração excessiva dos dois itens anteriores, sempre produzidos com orçamentos baixos e por talentos questionáveis.
Para quem não dá  nada a investida de Tarantino, tenho certeza que vai se surpreender. Se bem que filmes, músicas e arte em geral são muito pessoais e subjetivos.
Enfim, "A prova de morte" é genial. Assistam que vale muito a pena!
http://www.youtube.com/watch?v=WhpfoRj32EQ

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Manhã (in)comum

Já é de manhã...Os raios de sol começaram a brotar nos buraquinhos da janela e as luzinhas formam estranhos desenhos na parede. Hora de despertar, acordar, respirar... ahhhhh! Me enrolo na cama, me viro, me espreguiço, faço manha, mas não tem jeito. Preciso levantar! Não, não é tão ruim assim. Um café da manhã dos deuses me espera na cozinha. Alias, comer realmente é um dos prazeres mais prazerosos, com o perdão da redundância. Mas hoje parece não ser uma manhã comum. Características, percepções e sentimentos me fazem acreditar nisso. Sim, principalmente os sentimentos. Melhor, "o" sentimento. Uma mistura homogênea de estranheza, angustia e ... saudade.
É... definitivamente hoje não é uma manhã comum.
Esquento meu café com leite , me debruço sobre a mesa, ainda com os olhos pesando 1 tonelada. Não é fácil acordar sete horas da manhã todos os dias, mas é preciso. Ainda me esforço para entender porque estou me sentindo assim hoje. Mexo a colher, de um lado a outro, até que ela, por ser menor que o copo, desaparece em meio ao leite.O vapor do café já vai saindo e exalando um dos melhores cheiros que existe. Enfim, me concentro, não mais na comida e sim nos pensamentos, que andaram voando.
Sim! É isso! meus pensamentos voaram essa noite. Tanto que agora sei o que me atordoa nesse amanhecer.
Meus sonhos, ah!!! meus malucos e viajantes sonhos. Sempre me distanciam ou me aproximam de algo. Me repelem, mas também me atraem.Um verdadeiro jogo de opostos e, claro, de fantasias.
É... agora eu sei. Eu vi , ou melhor eu encontrei uma pessoa no meu sonho.Foi tão real que tenho a sensação de que aconteceu mesmo. E não te vejo há tanto tempo... Desde aquele inesquecivel mês de agosto.Foi tão bom, tão, mas tão bom..Assim, tão simples, seria tão fácil, mas é tão complicado. Já faz um ano e tu surges assim nos meus pensamentos. Bem menos vezes que há um tempo que já passou, mas surge. Quem dera seu pudesse fazer meus sonhos acontecerem.
Viajei no sonho e no tempo real, me perdi no tempo. É hora de sair de casa. Coloco Mrs. Lauryn no som enquanto me visto e vou enfrentar mais um dia..Hoje é uma manhã incomum.
This is it, simple... so simple.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A amizade

Bom. A tempos venho sentido vontade de escrever, mas nada me motivava e também não me dava motivos para isso. Hoje, voltando da aula percebi uma coisa, nós, enquanto seres que procuram viver em sociedade, nos tornamos dependentes de certas coisas que de fato não deveriam fazer parte do nosso ról de prioridades fraternas.

Amizade, palavra essa que muitos talham como sentido único da existência, cooperação e genuína falsidade de bem estar. Pra que cultivar e pensar em amizades eternas e inabaláveis se quando se precisa não há uma só alma que nos ajude. Amizades vem e vão com a facilidade com que chegam, tão somente pensasse que ela nunca acaba, que será sempre eterna e que ambos ou mesmo o grupo estarão sempre ali, uns para os outros, para qualquer momento que se faça necessário.

Cansei de verdade, venho há tempos escutando lamúrias, reclamações, desabafos, por ai enfim. Não existe como ser apenas receptor de dessas energias que desgastam o corpo e a mente. Não digo que quero viver isolado de tudo e todos, apenas que cansei de ser um receptor de lamentos alheio. Vivo e continuarei a viver em sociedade, mantendo vínculos, pois, faz-se necessário, até porque amizade também nada mais é do que um jogo de interesses, que enquanto seguem paralelos a amizade é boa, quando passam a retroagirem um com o outro tornasse apenas um laço afetivo sem fins.

Assim como, relacionamentos amorosos também, apenas jogo de interesses, tudo na vida é jogo. Joga-se aqui, ali, joga-se fora e joga-se dentro, é jogo, aprender a viver esse jogo é literalmente usar da -Arte da Guerra ( Sun Tzu)- por em prática o que na teoria ele ensina. Dizia Lênin: "Dar um passo atrás para depois, dar dois à frente." Não usarei mais da hipocrisia que nos circunda para firmar laços, não farei mais questão. A questão agora é: cuidar de mim.

Existir e coexistir em coletividade ou em pseudo-coletividade, é simples e puramente inteligível que se viva no meio de um jogo de interesses.

Ser assim, sou assim. Não me reprima, ou reprima, o critério quem adota é o julgador que se vê ao longe. Situação engraçada não é?!

Sutilmente "gerundiando"


Nossa vida é assim mesmo, acredite! Estamos sempre presos aos verbos. Afinal, são eles que movimentam nosso dia-a-dia. Ou melhor,são eles que dão ação, fazem parte e constroem novas coisas.Assim, nada melhor que usá-los para explicar nossa existência.
Começamos nascendo e logo que abrimos os olhos, estamos sujeitos a finalmente estarmos vivendo. Dessa forma, vamos acordando , respirando e nos acostumando com o âmbiente novo que se apresenta a partir daquele momento.Vamos crescendo, sempre com alguém nos cuidando e nos orientando.De uma maneira quase invisivel, o tempo vai passando e passando até nos tornarmos maiores e capazes de notar o mundo de outras maneiras.Queremos construir, mas acima de tudo, creio que vamos esperando de mais de todas as fases de nossa vida. 
Quando temos 14 anos, não queremos muito mais do que fazer 15.Assim, nos mantemos anciosos e esperando para que isso aconteça logo. Desse jeito, meio sem jeito, as coisas vão surgindo. Já com 15, ficamos ali aguardando os 18. Queremos dirigir, votar, festiar e, por que não, amar? É um irônia. Somos capazes de amar em todos os momentos de nossa, simples, tão simples, vida. Mas as expectativas, essas sim, vão se renovando a cada instante. São sempre novas, diferentes, existentes, impulsionantes. Com 18, talvez nem seja tão importante o que queriamos com 15 anos. Pois, estamos amadurecendo, crescendo, nos ambientando com o inicio da vida adulta.Talvez o mais importante: estamos aprendendo com o caminho que vamos trilhando. Chegar aos 20, nem sempre é o que mais esperamos. O que ambicionamos mesmo é entrar na faculdade e ir conquistando nosso caminho profissional. 
E se engana quem pensa que as expectativas acabam por ai. Não! Elas nunca findam...Como se não bastasse, queremos já na faculdade, nos tornar os melhores. Vamos nos destacando, mas aquilo não é o suficiente. Queremos nos formar, queremos nos especializar, queremos nos aprofundar, queremos, queremos...
..Até que chega ao fim a vida acadêmica e aí procuramos alguém. Alguém para dividir nossas coisas.Alguns têm a sorte, ou o azar, de encontrar uma pessoa já na faculdade. Numa troca de atividades, por vezes amando, por outras estudando. Dessa forma, alguns querem é ir casando, procriando, formando família, comprando casa, adquirindo carro, cachorro... etc.
Vamos indo, indo e enfim conseguimos tudo isso. Mas não esqueçam que somos seres humanos. Queremos sempre mais, esperamos muito mais. E claro, vivemos em conto sem fadas e principes. Nada é tão fácil assim. Mas essas são expectativas fáceis, simples, e tão comum entre tantos. Ter um diploma em mãos, uma especialização, um emprego, uma familia é um sonho meio banal, mas existe. Então, talvez, agora seja a hora de pensar naquele(s) que saiu de ti, no(s) filho(s). Vamos então protegendo, criando e esperando deles também, assim como fazíamos com a gente. Porque para muitos, a vida é esperar sempre.Se não é de ti é dos outros que o cercam. Desse jeito as vezes vamos esquecendo a melhor parte da vida. Mas é tão natural esperar né? Esperar pelo outro dia, pela proxima festa, pelo conforto na hora certa, pela carona amanhã, pelo beijo mais ardente... e por tantas e tantas outras coisas que compõe nossos dias.
Sutilmente, os dias vão passando... e quase que nem vemos. Ou, fingimos não ver.
O ciclo não acaba, é assim. Como que eu vou dizer para alguém deixar de esperar? Quem sou para falar a uma pessoa que deixe de acreditar e aguardar sempre a próxima parte existencial.É como dizer a um jogador de video game para se concentrar apenas nessa fase e não esperar pela seguinte. 
Ou melhor, é como bater um papo com a gramática e dizê-la para apagar os verbos das frases.Mas e aí, para onde iriam os objetos diretos e indiretos? E as preposições? O que seriam das orações? Ah, muito sem graça.O melhor mesmo é seguir assim,sutilmente gerundiando.


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Acordei com uma vontade imensa de escrever, colocar um monte de coisas pra fora.. Mas como diz a música do John Mayer : "Eu não posso explicar como me sinto por dentro".
Meio melancólica, meio triste, meio sei lá. Sabe aqueles dias em que a gente não consegue entender qual sentimento se faz presente no coração?
Ontem senti como se houvesse uma conspiração contra mim, uma armadilha do destino para que algumas coisas não acontecessem. Mas será que se eu juntasse todas as minhas forças e vontades eu conseguiria mudar meu destino?
Os deixo hoje com uma música do John Mayer, este que ouço nessa manhã de quinta feira..Talvez um dia eu explique o que acontece cmg.

John Mayer - Without you

"Faz tanto tempo
desde que eu te vi.
E eu tenho saudades do seu sorriso
e do seu rosto,
Porque você não tem estado por perto..

Faz tanto tempo
desde que eu vi você
E eu tenho saudades do cheiro da sua pele e de seu cabelo
e o jeito que você realmente se importava
comigo.
(...)

Eu não posso explicar
Como me sinto por dentro
Toda a hora que eu tento te falar
Minhas palavras sempre faltam
Mas mostrando o que você significa
para mim..

Eu nao posso explicar
Como me sinto por dentro
O jeito que você me fascina
e como você me hipnotiza
com seus olhos,
com seus olhos."

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Retalhos de uma década...



Chegamos finalmente no fim de um ciclo. Pelo menos é o que todos os gremistas esperam. Uma década onde o muito do "todo" deu errado. O último título? Em 2001. E lá meus amigos, já se vão 9 anos..
O mesmo Grêmio que nas décadas de 80 e 90 dava alegria e principalmente, títulos aos seus torcedores, hoje não passa de um mero expectador do seu maior rival.
Posso parecer dramática, mas basta observar os resultados destes dez longos anos.
Não tão longe se encontra um dos episódios mais tristes da história tricolor: o rebaixamento.
Logo em seguida veio outra cena que nenhum gremista em sã consciência poderia imaginar: o título da Libertadores do Inter.
Para piorar, os colorados ainda conseguiram o triunfo, que do Brasil são poucos os times que sabem o que é realiza-lo: ser Campão Mundial.
Depois da subida para a série A (lugar que convenhamos o Grêmio jamais deveria ter saido se não fosse fruto de más administrações) veio a série de vices. Em 2007 com o atual técnico da seleção Mano Menezes, o tricolor gaúcho "quase" chegou ao topo da América, se não fosse o Boca Juniors de Riquelme e sua calorosa Bombonera.
Já no ano seguinte, veio o segundo "quase". Com o notável cavalo paraguaio denominado Celso Roth, quase conquistamos o país, em uma das temporadas mais incríveis do Brasileirão de pontos corridos. Mas lá se encontrava o São Paulo, papa tudo desse tipo de competição.
O ano passado se desenrolou quase em branco, se não fosse uma Libertadores para movimentar um pouco o clube da Azenha. Mas a direção errou trocando de técnico durante o torneio,parando assim no plantel cruzeirense. Desta forma,não é preciso nem lembrar os infindáveis GRENAIS, pelos quais o Grêmio se quer existiu.
E cá estamos em 2010.
Em meio a tudo, o Grêmio conseguiu levar sua torcida no início do ano para a Avenida Presidente (tradicional ponto de encontro de torcedores da dupla em campeonatos)para comemorar um humilde Gauchão.Mas quando as coisas não estão boas ninguém tem o direito de exigir muita coisa, não é?
Neste turbulento 2010, ano de Copa do Mundo( que ao meu ver sempre acaba dando um balde de água fria nos times que estão se ajeitando) o Inter está aí. Mais uma vez, seja por força do destino, seja por mérito, seja por sorte, está disputando a semi-final da Libertadores contra o "cagão" São Paulo. Sim, aquele mesmo de 2006, do Rogério Ceni, lembra?
E o pior (depende do ponto de vista de quem está lendo) se passar, o que é provável, já está no Mundial Interclubes.
O que seria pior para o torcedor gremista: ver o maior rival ser bi-campeão mundial ou continuar mais uma década depenado, sofrendo as amarguras de um péssimo planejamento?
Deve-se lembrar que em meio a todo esse temporal de desastres surgiu também uma das coisas mais bunitas que ví durante a minha vida e também nessa (ainda) pequena trajetória acompanhando futebol. Basta olhar para a imagem que ilustra esta postagem.Uma das torcidas mais apaixonadas do país que mesmo vivendo uma década ruim estave sempre lá, sem abandonar nunca o time do azul, preto e branco. Qualquer um teria desistido, mas quem consegue ter razão se o assunto é futebol? Como explicar uma paixão de forma racional?
Que recolham os frangalhos pelo qual está o clube tricolor de Porto Alegre. Que o vento do pampa traga novamente o espírito que o time sempre teve e que lembre que foi com ele que o Grêmio conquistou os episódios mais bonitos de seu caminho.Que se planeje melhor, que tenha raça.
Assim sendo, que venha uma nova década,com arena ou sem, com 11 ou 7 jogadores, mas com mais sorte e futebol que esta que finda em dezembro.
E a torcida? Ah essa sempre estará lá.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010


Gente, as inspirações estão por aqui, me rondando. Mas como quero dar uma atenção especial para elas, agora os deixo com essa linda poesia do Drummond. ALOHA! Chuva de luz e de paz a todos..

''Entre o gasto dezembro e o florido janeiro,
entre a desmistificação e a expectativa,
tornamos a acreditar, a ser bons meninos,
e como bons meninos reclamamos
a graça dos presentes coloridos.
Nossa idade - velho ou moço - pouco importa.
Importa é nos sentirmos vivos
e alvoroçados mais uma vez, e revestidos de beleza,
a exata beleza que vem dos gestos espontâneos
e do profundo instinto de subsistir
enquanto as coisas ao redor se derretem e somem
como nuvens errantes no universo estável.
Prosseguimos. Reinauguramos. Abrimos os olhos gulosos
a um sol diferente que nos acorda para os
descobrimentos.
Esta é a magia do tempo.
Esta é a colheita particular
que se exprime no cálido abraço e no beijo comungante,
no acreditar na vida e na doação de vivê-la
em perpétua procura e perpétua criação.
E já não somos apenas finitos e sós.
Somos uma fraternidade, um território, um país
que começa outra vez no canto do galo de 1º de janeiro
e desenvolve na luz o seu frágil projeto de felicidade.''

Reinauguração - Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 14 de julho de 2010


Fico horrorizada ao ver como o mundo tem encarado o amor e as relações. é algo inexplicavel.. Uma coisa, ou melhor, um sentimento que deveria ser tão bonito e tão saudavel, está aí de uma forma tão doentia.
É claro que o que me motiva a escrever isso são os casos de horror que são estampados na televisão e nos jornais. Como alguém pode matar por amor? Como que o ciúmes de alguém pode fazer essa pessoa acabar com a vida da outra, simplesmente por não aceitar o fim de um relacionamento e por não querer ver a ex namorada com outro?
É terrível pensar, mas a sociedade está doente.
As pessoas, ao meu ver, criaram um conceito e uma prática errônea dos relacionamentos entre homem e mulher. Algo dependente, possessivo, envolvido por uma grossa camada de ciúmes, por vezes violento e para mim, inaceitável.
Acho que todos nós desconhecemos, na totalidade, o que é o amor.Amor que digo entre homem e mulher e não pelos pais.
O amor que só liberta, que só sente, que não prende, que se doa a cada instante. Amor é soma e não o ato de se completar. Quando alguém diz que "se completa com outra pessoa" deve então se sentir mal, pois esse algúem é incompleto, incapaz de viver sozinho. E convenhamos, ninguém é dependente de ninguém!
O bonito, que me deixa maravilhada, é essa soma, o somar, multiplicar.. A doação, sem esperar nada em troca. Quem ama e cobra amor, não ama.
E o ciúmes? O ciúmes é a doença das relações. Não vejo algo que vá pra frente com esse sentimento ao lado... Isso corrói, destróe aos poucos as duas partes.
Osho já diz que :

"O Amor não deveria ser exigente,
senão, ele perde as asas e não pode voar;
torna-se enraizado na terra e fica muito mundano.
Então ele é sensualidade e traz grande infelicidade e sofrimento.
O amor não deveria ser condicional, nada se deveria esperar dele.
ele deveria estar presente, por estar presente, e não por alguma recompensa, e não por algum resultado.
Se houver algum motivo nele, novamente seu amor não poderá se tornar o céu. Ele está confinado ao motivo;o motivo se torna sua definição, sua froteira.
Um amor não motivado não tem fronteiras:
É a fragância do coração."

Mas o que faz com que as relações sejam assim(falo na maioria e não na totalidade) ?
Seria mesmo uma inversão de valores?Seria o dinheiro? Seria a doença social? O que seria?
Sinceramente, não sei. Talvez um pouco de tudo. Como podemos amar alguem, se muitas vezes não amamos a nós mesmos? E se não amamos á nós, como vamos amar o próximo?
Vejo isso como fundamental. Se não soubermos o que é amor, que pelo menos, gostemos, ou apaixonemos, mas que de qualquer maneira, plantemos algo de bom no coração.
Mas estamos cheios, cheios por dentro. Como vamos absorver?
Esse papo surgiu em poa, no find do meu aniversário. Conversando com o Guilherme sobre essas coisas surgiu algo como:
"Somos como esponjas molhadas. Elas, por estarem molhadas, não absorvem mais água. Tinham de estar secas para absorver. Assim somos nós. Estamos tão cheios de coisas dentro de nós, que não absorvemos . Precisamos limpar, esvaziar, para assim poder absorver."
Osho também diz no livro "Conversas com pessoas notáveis" que nosso corpo é que nem uma casa, uma sala ou um quarto. Encontramos ele vazio e durante a vida tratamos de encher , sempre com alguma coisa, com móveis, com mais tralhas e mais coisas.. assim quando olhamos em volta, temos pouco espaço. Mas não foi o espaço que diminui, foi a gente que tratou de encher demais.
Por isso que é bom reciclar a gente de vez em quando...
Para só assim absorver, AMOR..mas também bondade, fraternidade, afeto, caridade, bem-aventurança..
É indignante que em temos como esses, nessa nova era, onde as pessoas , cada vez mais, têm procurado novos valores, novos caminhos, tanto espirituais, quanto religiosos, quanto de praticas mesmo, onde nunca foi tão discutido e debatido sobre ioga, vegetarianismo, equilibrio, budismo, entre outras coisas, que se veja uma sociedade tão doente , tão necessitada de amor verdadeiro.
Enquanto as pessoas acharem que estão certas, amando assim, de uma hora pra outra, quebrando toda a beleza desse sentimento e dessa palavra, que brilha por si só, enquanto as pessoas aprisionarem seus companheiros, matarem as pessoas com quem vivem (matarem no sentido amplo da palavra, matar sua liberdade, por exemplo)viveremos vendo o que observamos nos noticiarios. Pense nisso, o amor pode ser MUITO mais..

Aí vai mais do OSHO, sempre brindando-nos com sábias palavras.

"
Relacionamento: Amor e Liberdade
- OSHO -

Primeiro Seja -
Relacionar-se é uma das maiores coisas da vida: é amar, compartilhar. Para amar é preciso transbordar de amor e para compartilhar é preciso ter (amor). Quem se relaciona respeita e não possui. A liberdade do outro não é invadida, ele permanece independente. Possuir é destruir todas as possibilidades de se relacionar. Relacionar é um processo. Relacionamento é diferente de relacionar-se: é completo, fixo, morto. Antes devemos nos relacionar conosco mesmos e escutar o coração para a vida ir além do intelecto, da lógica, da dialética e das discriminações. É bom evitar substantivos e enfatizar os verbos. A vida é feita de verbos: amar, cantar, dançar, relacionar, viver.

O Outro Dentro de Você - Nada machuca mais do que quando um sonho é esmagado, uma esperança morre, o futuro se torna escuro. A frustração representa uma parte muito valiosa no crescimento espiritual. A nova psicologia está baseada nas experiências da escola mais antiga, tantra. Qualquer um que seja dependente de alguém, odeia essa pessoa.

Ciúme - Quando há atração sexual e o ciúme entra é porque não há amor. Há medo, porque o sexo é uma exploração. O medo se torna ciúme. Não se pode amar alguém não-livre, pois o amor só existe se dado livremente, quando não é exigido, forçado e tomado. Quanto mais controlamos, mais "matamos" o outro. As causas do ciúme estão dentro de nós; fora estão só as desculpas. O amor não pode ser ciumento. Ele é sempre confiante. Confiança não pode ser forçada. Se ela existir, segue-se por ela. Senão, é melhor separar, para evitar danos e destruição e poder amar outra pessoa. Quando amamos alguém, confiamos que não quererá outro. Se quiser, não há amor e nada pode ser feito. Só através do outro tornamo-nos conscientes de nosso próprio ser. Só num profundo relacionar-se o amor de alguém ressoa e mostra sua profundidade: assim nos descobrimos. Outra forma de autodescoberta, sem o outro, é a meditação. Só há dois caminhos para chegar ao divino: meditação e amor.

Do Sexo ao Samadi -
Só temos uma energia que, no mais baixo, é sexual. Refinada, transforma-se pela alquimia da meditação e torna-se amor ou oração. O sexo é o fenômeno mais importante da vida. É natural, não exige preocupação. Repressão é esconder energias impedindo sua manifestação e transformação. Até hoje nenhuma sociedade encarou o sexo naturalmente. O sexo revela que somos dependentes. As pessoas egoístas são contra o sexo (?) Nele sempre há o risco de rejeição. Nele nos tornamos animais, porque naturais. Quando aceitamos o passado, o futuro se torna uma abertura. O tantra usa o ato sexual rumo à integridade, se nos movermos nele meditativamente, sem controle, com loucura, sem tempo, sem ego, naturalmente. Tantra é um longo caminho do sexo ao samadi. Samadi é o supremo gol; sexo é só o primeiro passe. Uma pessoa se torna Buda quando o sexo é transformado em Samadi. É bom mover-se no sexo, mas permanecer observador. A meditação é a experiência do sexo sem sexo. O sexo é um fim em si mesmo e no presente. Sem amor o ato sexual é apressado. Sem pressa, estando no presente, caminha-se para a comunhão, a entrega, a espiritualidade, o relaxamento, o fluir, a fusão, o êxtase, o Samadi. Não há necessidade de ejaculação. Quanto mais observamos, mais nossos olhos são capazes de ver, mais são perceptivos. "O homem e a mulher são dois polos diferentes, o polo positivo e negativo da energia. Seu encontro provoca um circuito e produz um tipo de eletricidade. O conhecimento dessa eletricidade é possível se o período de cópula puder ser mantido por um período mais longo. Então uma alta carga, produzindo uma auréola de eletricidade evoluirá por si mesma. Se as correntes dos corpos estiverem num abraço total e completo, pode-se até mesmo ver um lampejo de luz na escuridão.

Amor Verdadeiro -
Quando há dependência não há maturidade nem amor, há necessidade. Usa-se o outro, o que é desamoroso. Ninguém gosta de ser dependente, porque a dependência mata a liberdade. Os homens sempre querem mulheres que sejam "menos" do que eles. A maturidade vem com o amor e acaba com a necessidade. Amor é luxo, abundância. É ter tantas canções no coração, que é preciso cantá-las, não importando se há quem ouça. Quando somos autênticos, temos a aura do amor. Quando não, pedimos amor aos outros. Quem se apaixona não tem amor e, assim, não pode dar. Quem é maduro não cai de amor, mas se eleva nele. Duas pessoas maduras que se amam, ajudam-se a se tornarem mais livres. Liberdade, moksha, é um valor mais elevado que o amor. Por isso é que o amor não vale a pena se a destruir.

Uma Nova Dimensão de Amor - O amor é mais verdadeiro e autêntico do que nós. Todo caso de amor é um novo nascimento. O ego é como a escuridão, mas quando chega a luz do amor, a escuridão se vai. As escolhas devem ser pelo real, pior e doloroso e não pelo confortável, conveniente e burguês. O amor nos tira do ego, do passado e do padrão e por isso parece confusão. Ficar louco de vez em quando é necessidade básica para permanecer são. Quando a loucura é consciente, pode-se voltar. Todos os místicos são loucos. O amor é alquimia porque primeiro tira o ego e depois dá o centro. Amar é difícil, mas receber amor é quase impossível, porque a transformação é maior e o ego desaparece. É o anseio pelo divino que impede que qualquer relacionamento satisfaça. As pessoas mais criativas são as mais insatisfeitas porque sabem que muito mais é possível e não está acontecendo. Amor 1: é orientado a um objeto. Amor 2: ele transborda, não é orientado por um objeto. É uma amizade que enriquece a alma. Amor 3: sujeito e objeto desaparecem: a pessoa é amor.

AMAR..

ALOHA ;)

terça-feira, 29 de junho de 2010


Certa vez Deepak Chopra presenteou-nos com as "Sete leis da sincronicidade", mesmo achando que sincronicidade é o contrário de lei, vale a pena não deixar isso apenas no papel e tornar parte de nós..

1. Meu espírito é um campo de possibilidades infinitas que conecta tudo o mais. Esta frase resume a totalidade do que estou expondo. Se você esquecer tudo o mais, lembre-se apenas disso.

2. Meu diálogo interno reflete meu poder interno. O dialogo interno das pessoas auto-realizadas pode ser descrito assim: é imune a críticas; não tem apego aos resultados; não tem interesse em obter poder sobre os outros; não tem medo. Isso porque o ponto de referência é interno, não externo.

3. Minhas intenções têm poder infinito de organização. Se minha intenção vem do nível do silêncio, do espírito, ela traz em si os mecanismos para se concretizar.

4. Relacionamentos são a coisa mais importante na minha vida. E alimentar os relacionamentos é tudo o que importa. As relações são cármicas e quem nós amamos ou odiamos é o espelho de nós mesmos: queremos mais daquelas qualidades que vemos em quem amamos e menos daquelas que identificamos em quem odiamos.

5. Eu sei como atravessar turbulências emocionais. Para chegar ao espírito é preciso ter sobriedade. Não dá para nutrir sentimentos como hostilidade, ciúme, medo, culpa, depressão. Essas são emoções tóxicas. Importante: onde há prazer, há a semente da dor, e vice-versa. O segredo é o movimento: não ficar preso na dor, nem no prazer (que então vira vício). Não se deve reprimir ou evitar a dor, mas tomar responsabilidade sobre ela.

6. Eu abraço o feminino e o masculino em mim. Esta é a dança cósmica, acontecendo no meu próprio eu. A energia masculina: poder, conquista, decisão. A energia feminina: beleza, intuição, cuidado, afeto, sabedoria. Num nível mais profundo, a energia masculina cria, destrói, renova. A energia feminina é puro silêncio, pura intenção, pura sabedoria.

7. Estou alerta para as conspirações das improbabilidades. Tudo o que me acontece de diferente na vida é cármico. É, portanto, um sinal de que posso aprender alguma coisa com aquela experiência. Em toda adversidade há a semente da oportunidade.

domingo, 27 de junho de 2010

Uma letra, uma frase, um poema.. é sempre bom!




[...ás vezes, uma dor me desespera...
Nestas ânsias e dúvidas em que ando.
Cismo e padeço, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.

Versos e amores sufoquei calando,
Sem os gozar numa explosão sincera...
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!

Sinto o que desperdicei na juventude;
Choro, neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude,

Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse...]

Olavo Bilac ;D

Muito amor a todos! Sintam..

segunda-feira, 21 de junho de 2010


Eu ando a cada dia como se eu tivesse uma bagagem comigo. Nela, carrego tudo o que eu acho certo, o que fiz de bom (e de ruim tb), meus maiores sonhos, meus sentimentos e tudo aquilo que faz parte de mim..
E só quem consegue enchergar todo esse aglomerado, é eu mesma. Existe um momento, que para mim é especial e essencial, um instante em que paro no maior dos meus refúgios e dou uma conferida geral em tudo o que ando carregando. É como se fosse alguem conferindo a mercadoria. Eu me sento, ou deito, ou até me debruço sobre a janela e consigo ver tudo isso.
As vezes acho que tudo que levo comigo, faz sentido, é possivel, é meu.
Encontro coisas tão bonitas também, como amor, sinceridade, sonhos, enfim, um mundo de belezas e porque não sentimentos puros?
Mas as vezes me decepciono comigo. Talvez por eu ser meio sonhadora de mais e acreditar que exista um mundo cheio de amor e gente do bem.
Talvez também eu pense demais, meus pensamentos voam sempre. Estou sempre pensando e acreditando. Ou talvez eu sinta demais, eu tenho meus sentimentos a flor da minha pele. É tão visivel que é como se eu tocasse neles, mas não conseguisse mudá-los de lugar. Eles permanecem ali, intactos, ou quase. Porque por vezes, parece que as pessoas esquecem que eu os tenho.
Sim, nessa minha "vistoria" acabei encontrando coisa demais no coração, com reciprocidade, mas sem a devida atenção..
E mais, acho q tinha um lance ai que eu trazia dentro de mim que possuia uma coisa, tão interessante chamada "sincronicidade".E isso é muito de alma. Mas os olhos não são a janela da alma? E se a gente ve uma coisa nos olhos de alguem, e acha que também viram a mesma coisa nos teus, mas na verdade não foi nada disso?
Portanto, os deixo com essa frase..


"É errado, portanto, censurar um romance que é fascinante por suas misteriosas coincidências (...) mas é certo censurar o homem que é cego a essas coincidências em sua vida diária. Pois sendo assim, ele priva sua vida de uma nova dimensão de beleza"

(A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera)



PAZ E AMOR PRA VOCÊS!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

No alto do monte..


Sempre que penso e quero estar em algum lugar, logo me vem na cabeça a praia. Independente qual seja ela, longe ou perto, é sempre lá que gostaria de estar, em paz..
Mas nem sempre isso é possivel, na realidade na maioria das vezes isso se torna dificil..
Geralmente é assim, nunca queremos estar aonde estamos, sempre queremos estar em outro lugar. Vivemos planejando coisas, querendo e querendo e assim escapa uma das melhores oportunidades, o que acontece hoje, neste instante.
Ontem, quando sai dar uma volta com os meus amigos, fomos em um lugar na cidade, que eu ainda não conhecia.
Andamos de carro, por uma estradinha estreita de terra, cheia de casinhas (e casões tb!), com plantas e bichinhos por todos os lados. O lugar era alto, bem alto.
De lá, onde o carro parou, ainda tinhamos que subir mais um pouco para, enfim, chegar na tal santa.
Não menosprezando a santa, mas o que tem demais bonito lá, fora a natureza, é a vista. Da para ver toda a cidade, pequena, quase insgnificante, mas bonita demais..
E foi ai que , diante de tanta beleza, eu pensei justamente isso que falei neste post. Estavamos numa vibe ótima conversando e alguem falou:
- Eu queria estar em São Paulo onde não da pra ver o fim da cidade de tanto prédio!
Depois alguem falou:
- Ah, eu não!  Eu queria mesmo é estar na praia de frente para o mar..
Eu não tinha como negar que essa também era a minha vontade.Aliás, essa é uma vontade muito comum entre as pessoas, né?  Fugir do frio sulista que nos castiga no inverno e ter essa mesma "viagem" lá,  pertinho do mar..
Mas ai eu disse:
- Na realidade eu queria estar aqui.
Não é novidade para ninguém que não gosto muito de Santa Maria, mas não posso  negar que aquela era uma das vistas mais bonitas que vi dessa cidade e que aquilo sim me fazia bem.
Em um feriado incomum, no meio de desvaneios mirabolantes, risadas apaixonantes era lá que estavamos.
Chega a noite e com ela vem aquele barulinho inconfundivel de quem mora no interior e  perto da natureza: os grilos
As estrelas e a lua vieram também nos dizer que era hora de ir embora.
No meio de coisa alguma, um dia qualquer, uma sensação única e um aprendizado. Qualquer lugar é o lugar!

domingo, 30 de maio de 2010

Badalos

Dia frio, nuvens, vinho tinto
Caretas em frente a um espelho que finge não me ver
Sonhos, nascendo e crescendo
Meus olhos fechando conforme a música

Os sinos que badalam aqui
Certamente acordam os que vivem ao soprar do vento
A chuva que lá fora cai
Me transforma em ser aqualouco

Por certo é o prenuncio de um novo dia
Decerto vivo a esperar
Que badalem as sinas de lá

Outróra vívido e navegante
Hoje asentado no mesmo aposento
Preocupações em devaneios infindos.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Joaninha

Por certo longe, que desagrado
A certos tempos não remotos perto
Me faz sentir que sentir não mais é igual
Jeitos e trejeitos que deixam tudo em um simples ar de dúvida.

Aquela joaninha que pousou em minhas mãos
Que faz os dias radiarem e os pensamentos voarem
Segue livre e bela em seu caminho
Na quietude de sua existência, cruzada com a minha.

Que falta faz a presença da pequena joaninha
Que de minhas mãos saiu, assim, sem mais
Mas que nelas chegou assim também, sem mais

Ao procurar em vários horizontes
Somente a pequena joaninha
Que fez sentir a liberdade de estar fascinado.

domingo, 2 de maio de 2010


Como um apaixonado em inicio de relacionamento me propus a escrever um pouco sobre o que tenho vivido e aprendido dentro de 4 paredes que por vezes revelam coisas nunca dantes imaginadas.

Em quase exatos 2 meses comecei uma viagem da qual não pensei em fazer. Não imaginava que seria tão feliz cursando uma curso do qual não havia imaginado ainda.
O Direito, curso esse que é tão antigo como místico, aprender de onde provem o direito brasileiro e também o internacional.
Pensar que a justiça é cega ou parcialmente cega nesse país de necessitados é uma realidade tão palpável como absurda, todos os dias enxergamos coisas que fogem a nossa compreensão, mas porque? Talvez uma educação básica à cerca das diretrizes básicas do direito no ensino fundamental brasileiro, talvez fosse essa uma saída. Questionar o por que não possuimos isso em nossa educação é mais que um dever civico. Querem eles que nos mantenhamos a margem da ignorância?

Enfim, tenho descoberto tanta coisa e me fascinado com tanto que nem sei se as idéias convergem com o aprendizado.
Nada melhor do que aprender.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O verdadeiro jogo II

Certamente existe o jogo externo, ou seja, o jogo que jogamos conforme descreveu a Lais com tanta sensibilidade.
Ao reler o texto me veio à tona algumas idéias e certas lembranças. Não que eu precise parir minhas idéias como a Lali, porém acho legal compartilhar para que existam mais pontos de vista a serem analisados.

Externamente possuímos esse jogo na vida ao qual não sabemos quando vamos ou quando devem ficar, ao qual sofrermos, aprendermos, sorrimos e choramos numa só existência, num só momento.
Contudo há o jogo interno do qual somos os protagonistas, coadjuvantes, estrelas e também somos o sem brilho. Mantermo-nos fiéis aos nossos ideais, nossas convicções, aprendizados e a nosso CARACTER, como bem disse a Lais e concordo em grau, genêro e número. Existem vezes em que dentro de nós existem as encruzilhadas, as decisões mal tomadas, as pessoas que ferimos sem querer ferir, o arrependimento, a dor, a alegria, uma micelânia de sentimentos e atitudes que nos remetem ao nosso primórdio existêncial.
Ter medo de tomar determinada atitude não significa covárdia, se analisada no contexto do nosso jogo. Para eu preservar os meus sentimentos, será certo promover o sofrimento de outrém? Não, sim, depende. Do quê?

Vivemos na iminencia dos acontecimentos naturais, extranaturais e trancedentais. Viver e saber viver é o melhor que fazemos, jogando com nós mesmos aprendemos a jogar a vida, com a vida, à cerca da vida. Ser frio e calculista em um jogo geralmente é de grande ajuda, mas como o sê-lo se o mesmo é nossa existência?
Em fim, o controle de nosso jogo mais profundo depende de nós e de nosso conhecimento sobre a nossa própria pessoa. Todos os dias travamos batalhas neste jogo, se ganhamos ou não, quem demonstra são os resultados das nossas jogadas mais maçantes, calculadas, pensadas e sentimentalizadas que fizemos.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A mudança real

A verdadeira mudança aconteceu a muito pouco tempo, na realidade eu acreditava que ela já havia acontecido, porém, nada como um dia após o outro para percebermos que a vida é totalmente e irremediavelmente mutável.

Peço desculpas à ti, Lais. Sumi daqui, nosso ponto de encontro atemporal. Não tenho mais tempo, nem dinheiro, nem meio mais viável de conversar contigo e no más. Não que essa falta de tempo tenha me tirado a felicidade ou algo do tipo, pelo contrário, ela me faz alegre.

Realizando meus objetivos e metas traçadas no mesmo período do ano passado, que engraçado não é?!

Me obriguei a escrever isso, não é bem a postagem que eu gostaria, mas... É a que consegui no momento.

Fica na paz, amada.
Beijos e saudades
Saludos

segunda-feira, 29 de março de 2010

O verdadeiro jogo..

A inspiração para o que eu vou escrever agora, surgiu a partir de um programa que muitos podem achar, fútil, desnecessário e por vezes para ignorantes, o que eu obviamente discordo. O Big Brother, pelo contrario, não diminui em nada minha inteligência e nem meu poder criativo. Todavia, respeito as opiniões das pessoas, discordando, é claro, pois para mim o BBB aumentou e muito meu "poder de analise critica da vida e das pessoas.
Quem sou para criticar neh?! É... Não sou ninguém para criticar e muito menos apontar o defeito de alguem. O que quis dizer é q o programa melhorou minha percepção de comparação, no caso do BBB com a vida da gente. Portanto, não tenho vergonha de dizer que eu olho sim o Big Brother e não deixo de ler livros por causa dele. Alias o programa dura 1:30 mais ou menos. Eu tenho mais 22:30 para ler e fazer outras coisas que cultuem minha inteligencia..
Mas enfim, meu assunto aqui não é exatamente o programa da Globo e sim essa comparação que vêm me inquietando.
É como se fosse aquele espirro que a gente não consegue dar, mas que precisa..Tava em mim e precisava sair , eu precisava obstruir o que vou dizer por alguma valvula.
É claro que não estou escrevendo isso de graça, algumas coisas sempre acontecem e fazem eu perceber ainda mais que nós vivemos em um "jogo".
Não digo que seja exatamente como o BBB, pois ali, querendo ou não existem câmeras, e um dia tudo aquilo que foi cultuado dentro do confinamento, acaba..
Aqui, nesse mundo de concreto, seres humanos e faz de conta, não podemos ser eliminados. Alguns nunca vão poder ver o que realmente aconteceu, pq não tem filmagem nenhuma para comprovar. Existem apenas as palavras e querendo ou não, a vida é sim um jogo de palavras.
Na vida não existem personagens, mas existem seres humanos, esses que confesso que as vezes tenho medo, pois esses animais aglomeram as melhores e as piores coisas de um ser vivo. Com eles vem junto o poder de julgar os outros, mas quem somos nós para julgar alguem? Acho a pior coisa do mundo você dizer que alguem é isso ou aquilo, sem você ver que tem inúmeros defeitos.Todos temos o teto de vidro.
Eu tenho milhares de defeitos e admito que tenho, afinal sou tb um ser humano, mas tem algumas coisas que não fazem parte da minha vida e do meu perfil de agir e ser.Eu aprendi a ter carácter, essa que para mim é uma das coisas mais valiosas do mundo. Ter carácter faz do ser humano um homem e não um rato. E convenhamos estamos rodeados de ratos programados. Ser homem, no grande termo da palavra, é ter honra, coragem e como eu disse, caracter. Muitos esquecem disso.
Porque, volto a afirmar, vivemos num "cansavel" jogo. Cansavel porque eu as vezes pensei comigo mesmo: cansei!
Tenho uma outra coisa que por vezes me atrapalha, sou verdadeira demais. Não consigo esconder se eu gosto ou não de alguem, não consigo não dizer oq eu to pensando, não consigo deixar de falar algo, por aquela não ser uma hora conveniente. Mesmo sabendo que não existe uma verdade absoluta, eu sigo a minha verdade, o que eu acho certo e a sinceridade faz parte de mim. Então quando eu vejo alguem mentir na cara dura sinto uma profunda traição com meus valores. Porque sinceridade tb é ter caracter!
Eu tb sei que, como no BBB, muitas pessoas se aproximam das outras porque dizem "estar ctg", mas até que ponto elas realmente estarão? Muita gente vai estar ctg até o momento em que o dela estiver na reta e ai meu querido, você já era..
Por isso que eu sei que poucos vão me defender. Quando eu realmente precisar são poucos que vão "dar a cara a bater" por mim. Como disse um amigo meu: Vivemos juntos, morremos sozinhos..
Mas não é por isso que agirei assim. Quando eu gosto de alguem defenderei até o ultimo instante, independente das consequencias que vierem. Como uma selvagem na floresta, defenderei sempre aqueles que amo.E olha que não são muitos. Porque para mim a palavra amor engloba muita coisa. o AMOR é sim o sentimento mais lindo do mundo mas envolve muito mais que o simples afeto . Envolve gratidão, soliedariedade, compaixão e o mais importante, DOAÇÃO. Amar sem esperar nada em troca, dar o que é seu pelo outro. Por isso que eu creio que amor é pra sempre. Que a gente não ama todos os namorados que teve a gente ama com quem a gente fica pra vida inteira. Ama os pais e alguns amigos(poucos). Por isso que me irrita o fato de pessoas se conhecerem a pouco tempo e dizerem que se amam. Poxa que falta de consideração com esse sentimento!!
Eu amo algumas pessoas que eu sei que eu dou o que é meu para elas. Amo até mesmo amigas com quem eu não falo mais ou que já me magoaram, porque amor é pra sempre!Tem gente que vejo todo o dia, adoro, me dou bem, mas não amo. porque amor é diferente.
E volto a repetir, por eles eu enfrento qualquer tempestade do mundo.
Eu odeio brigas, eu quero paz. Brigas me corroem por dentro. Há meses me sinto destruida por dentro por não falar mais com uma amiga que amo.Eu nem mesmo sei brigar, ou melhor, discutir. Começo a chorar sempre, porque acho tão ruim, tão desnecessário..
Mas sei que sobreviver nesse "jogo" é lutar tb..é ser forte. E ser forte não é ter força fisica e sim força no coração, porque muitos vão querer te pisar e te destruir e a força só vem de dentro da gente!
Então, eu luto, mas luto com a verdade, sem passar por cima de ninguem, com caracter. E se alguem um dia duvidar dele, ai sim viro uma fera.

Já diz o poeta do loucos Mano Brown ..
"Tira o zóio, vê se me erra,
Eu durmo pronto pra guerra,
E eu não era assim,
E sei que é mau pra mim,
Fazer o que se é assim,
VIDA LOKA CABULOSA,
O cheiro é de Pólvora,
E eu prefiro rosas.."

Enfim, nesse jogo, não tem lider, não tem imunidade. Tem o que a gente é e tem quem ta com a gente.Se eu tiver bastante gente ao meu lado, ótimo. Se eu tiver uma pessoa só, tá bom tb.
Mas sempre tenha cuidado, o mundo esta cheio de ratos querendo destruir você.

O Mato seco já diz que ..
"Querem que você pense que está tudo bem
Querem que você pense que o mal não vem
Querem que você fique olhando sentado
Pois não querem lhe ver
Lutando bem informado"


Mas
"O guerreiro de fé nunca gela, não agrada o injusto e não amarela.."
Grande Mano Brown..

quinta-feira, 18 de março de 2010


Em dias de desânimo, cansasso, vale a pena ler a letra dessa musica do 5º elemento, um grupo de hip hop de santa catarina: "acredite em você"

O bem sempre vou fazer, que a bonança vem depois
Acredite em você, mas agora é parte dois
O pior já foi, então não perca a esperança
Quem espera só se cansa e quem corre atrás alcança
(Ignorância) mal tentamos e já estamos desistindo
Tem gente pior que a gente e que está sempre sorrindo
Você cata papelão e se sente inferior
Mas é um trabalho digno melhor que o desemprego
E antes desempregado do que perder o amor
De Jesus e sofrer eternamente, disso eu tenho medo
Não tem segredo, acredite e será perdoado
Inspirando Jesus Cristo e expirando os seus pecados
É errado ter vergonha das coisas que te acontece
Se teu passado te condena, o meu só me enriquece

Acreditar em você jhou não é brigar na rua
É estar acima disto e por isso ficar na sua
Então conclua suas metas, existe uma porta aberta
Faça as escolhas certas, esteja mais do que alerta
(Desperta) encontre a paz assim como proponho
Tipo Martin Luther King eu também tenho um sonho

Abre o olho, me escute, seja mais esperto
Cérebro é um paraqueda só funciona quando aberto
Acredito em mim mesmo assim tudo facilita
Mas só acredito porque sei que Jesus me capacita
Então se liga, lute com fé e sempre muita raça
acredite no impossivel, meta a cara vai e faça
Refaça se preciso quantas vezes necessário
Busque perfeição ao exercer o seu trabalho
Que seus honorarios serão pagos no certo momento
Que você subir aos céus no dia do arrebatamento
5°ELEMENTO só rima o que tem relevancia
Saia da sua cadeia, não seja refém da ignorância Minha militância, à vários anos na luta
Bull Sammer e Malcolm X, sempre prontos pra disputa ....


(...)EU Prossigo no prosseguir/ cansei de ficar cansado
Eu desisto de desistir/ parei de ficar parado
Quando eu quero vou em frente nunca serei acoado
Tenho medo de ter medo e nunca serei derrotado

é errado este preconceito que sempre perdura
Por ter minha armadura, minha pele cor escura
Atura, se ainda existe eu quebro a ditadura
Mantenho minha postura, um negro com compostura ...

(...)Agradeça pelo sol que nasce todas as manhãs
seu calor azeda o leite mas adoça as maças

a ambiguidade é perfeita, relato em meu verso
Criatividade direita do arquiteto do universo
Confesso que sem ele, essa rima eu não faria
Rap eu nunca cantaria, nem ao menos existiria
Então sorria e agradeça pela dádiva da vida
Ande de cabeça erguida e o lado certo sempre siga

Acreditar sepmre em você, não importa a situação
Depois de surdo Bethoven compõs sua melhor canção
Disposição, ação, oração, muita fé e esperança
São as armas que carrego junto com a perseverança
Assim sigo vivendo neste mundo enfadonho "

Essa é a mensagem que eu tenho pra vocês hoje. Nunca desista do que parece estar perdido..
Paz e muito amor para todos!

domingo, 7 de março de 2010


na praia escrevi isso..
"Eram seis horas da manhã da última noite de carnaval. Voltamos pra casa e ficamos feito crianças jogando 'verdade ou consequencia' na sacada. Incrivelmente embalados pelo alcool que corre em nossas veias e só observando o mar, naquele momento coadjuvante. O dia tava clareando já e a gente se divertia muito. Como muitas das noites de carnaval, nos encontramos naquele apartamento, o 204. E ali a gente avacalhava mesmo, só falava besteira, agindo incrivelmente com uma mentalidade que beirava os 15 anos.. hehe
Hoje é sabado, dia 20 de fevereiro de 2010. Hoje as gurias foram embora daqui. Perto das 18h eu as trouxe na rodoviaria. Em meio a abraços e confidências, as deixei embarcar com algumas lágrimas no canto dos olhos. "ah que saudade que vou sentir".
E não deu outra. Em todos os cantos daquele prédio e daquela praia tinhamos alguma coisa pra contar. Ou foi o mico, ou foi a piadinha.. sempre tinha alguma coisa para lembrar.Todas as vezes, mesmo sem querer, parece que ouvia as risadas e gargalhadas que a gente dava.
E mais uma vez, como em todas as viagens que eu faço, as lembranças ficam aqui latejando na mente, doendo no coração, pedindo bis.
Hoje, sábado, vou dormir mais cedo do que eu estava dormindo para acordar também cedo e começar uma outra rotina, se é que pode ter rotina na praia. Nada de festas, nada de agito, nada de nada. Vou simplesmente ficar assim, comigo, aproveitando só a praia. Confidenciar pensamentos e sensações, ouvir uma música que eu gosto, escrever, acordar cedinho e ir para a praia.
Agora são duas da manhã, estou aqui escrevendo e sentindo, sentindo e escrevendo. Nessa hora muitos estão dormindo, a cidade e a praia são tomadas por um silêncio encantador. Sinto no rosto aquela brisa vinda da praia. Na minha frente observo um ciclo incansável, norteador, porém belo. O mar e suas ondas.É como se tivessem expectativas. Elas surgem , crescem, mas subitamente quebram na beira da praia, para enfim tudo começar outra vez..
Na quinta estou pegando a estrada, dessa vez para voltar para casa. Que esses ultimos dias sejam de entrega e equilibrio..
Sei que vou embora, sempre com expectativas de voltar ou de viajar outra vez para algum lugar desse mundo. Sei que como as ondas, tudo retomará o seu ciclo. Sei também, que elas continuarão aqui, esperando alguem que as observe e as admire como eu.
Voltarei.."

segunda-feira, 1 de março de 2010

É a vida!


Ainda lembro do dia em que aprendi a andar com uma bicicleta sem rodinhas. Lembro do primeiro dia de aula no jardim de infância. Várias lembranças me vem na cabeça nesse momento. O que as torna tão comuns entre si? O passado, são lembranças de momentos passados e que não voltam mais.

Tantas são as dores, mágoas, lembranças, sorrisos, beijos, abraços, pessoas e muito mais que já passou e não volta. Lamentar o que gostaríamos que fosse e não foi é um hábito ou mania, o fato é que lamentações não mudam o passado. Nada muda o passado, venhamos e convenhamos. O melhor é o futuro. Quem iremos conhecer, quando mais uma vez iremos chorar de rir por bobagens, quantos amigos novos faremos, conquistas que teremos. É assim a vida, caminhando sempre para frente, de cabeça erguida e esguia.

Pensando bem, quem um dia não esteve muito mal, a ponto de desistir de tudo e no outro dia conhecer alguém ou acontecer algo que mudasse o ponto de vista melancólico para outro alegre e confiante? Por isso mesmo, muitas vezes ainda vamos cair e olhar para cima e não veremos chances e nem teremos alguém para nos estender a mão, voltar o olhar pro solo e novamente pra cima pode ser renovador se visto de outro ponto de vista, talvez aquela mão esperada estivesse ali desde sempre e a força para nos levantarmos estivesse ali também. Porque não vimos? Simples, nos preocupamos tanto com nossa dor e nossa lamentação que esquecemos que o que basta é olhar diferente para nossa volta.

Nossa vida é passageira no trem do universo, não perder tempo com lamentações e sofrimentos desnecessários é o mínimo que podemos fazer por nós, pela nossa vida. Não significa que esquecemos o que passou, apenas que decidimos ir em frente, porque a fila anda, a vida passa e quando nos damos conta, novamente é tudo lembrança de um passado que ficou no nosso currículo.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Libertação, desapego, contemplação..


Quando vejo esse mestre penso nessas palavras: LIBERTAÇÃO, DESAPEGO, CONTEMPLAÇÃO. Na realidade ele significa tanta coisa boa. Me lembro como se fosse hoje que a ananda falava nele tanto e eu até ria. Era osho pra lá e osho pra cá, misturado com outras coisas que ela gostava. Um dia eu vi na casa dela o livro e resolvi pegar pra ler.Desde esse dia minha vida começou a ter outros rumos. Eu estava madura pra ele com o meu coração em frangalhos,com minha esperança fragmentada.Eu não tinha mais como negá-lo...
Cada palavra dele naquele livro veio especialmente direcionada para mim...E depois todos os textos, todas as coisas vieram assim, de forma sutil, mas para mim.
Foi tudo uma questão de enchergar a vida de uma outra forma. Não que eu fosse totalmente diferente,mas foi tudo uma combinação perfeita. A praia que sempre foi meu habitat, o reggae que sempre foi a minha musica com suas filosofias de paz e amor e o osho. Para completar, depois veio a Ibiraquera que dispensa comentarios.
Osho eh isso. Quando a gente conhece ele, aprende sobre esse vazio que preenche, esse delicioso vazio libertador.A vida deixou de não ser ela mesma parou de se transformar.Agora é mais nova toda hora.

Para mim o Osho é como cachaça...
suas palavras, suas poesias são como alimento puro para o Espírito.
Por mais que tente se livrar, até brigar...ele sempre retorna...
Hoje para mim, eu só agradeço essa visão quase utópica e tão real com que ele nos brinda.
Uma humanidade sem prisões, com plena consciência de sua natureza majestosa.
O que Osho queria era despertar o nosso mestre interior.
Que todos consigamos então despertar o nosso verdadeiro Eu.


Namaste

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


" Cada dia um aprendizado,
cada trilha uma nova lição..
cada dia um aprendizado,
cada vida uma história;
Eu nao achei palavras,
pra explicar o que senti,
nao achei palavras..

Hoje fui feliz de verdade
ví o amor na luz de um irmão;
A verdadeira amizade
é semente boa no chão
que faz crescer a flor e forte
e dá frutos do coração..

Canoa solta no mar,
nao tem rumo nem destino;
Quem nao aprende a nadar
nao pode pular no rio.

Canoa solta no mar
nao tem rumo,
pra onde vai?
Quem nao aprende a nadar,
nao pode pular no rio..

Cada dia um aprendizado,
cada trilha uma nova lição;
Cada dia um aprendizado,
Cada vida uma historia.
Eu nao achei palavras
pra explicar o que senti
nao achei palavras..

Enquanto o vento sopra eu vou cantar,
no tom da natureza.
E até debaixo do sol vou caminhar,
eu vou chegar,
no alto do monte.
Enquanto a chuva cai eu vou cantando,
(pra Jah Jah)
no tom da natureza.
E ateh debaixo do sol vou caminhar,
eu vou chegar,
no alto do monte Zion..
Jah Jah me fez chegar
no alto do monte,
ele me fez chegar
no alto do monte
ele me fez chegar.

Enquanto o vento sopra eu vou cantar
no tom da natureza,
E até debaixo do sol vou caminhar
eu vou chegar
no alto do monte
(Jah Jah)
ele me fez chegar..
E la do cume avistar
a alvorada que beleza
oh la do cume avistar
o Senhor em sua grandeza..

ele me fez chegar.."

Musica do monte zion- no alto do monte ;)
Foto tirada pelo grande irmão de luz GUS BENKE..

Praia semana que vem. Muito feliz por isso. Indo para o lugar que mais amo enquanto nao descubro outros, é claro. Adivinhem? heeheh nem preciso responder mais ne?
Alias a escala desse verao esta otima. Diferente do que foi programado em 2009 mas enfim.. está ótima tb!
Enquanto a paz do litoral nao chega fiquem com essa musica que traz o gostinho do que é essa calmaria por dentro..

Paz e Fé para todos!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Paz Amor Empatia


Eu tinha 12 anos mais ou menos, tava naquela fase dificil para os pais, a pré adolescencia. Mas nunca criei problemas. Se eu tinha alguma rebeldia, a guardava, ou escrevia alguma poesia, ou relatava no diario, enfim.
Mas foi nessa mesma época, rodeada por descobertas, surpresas e novas ideias que surgiu para mim, assim como para vários pré adolescentes e adolescentes da minha geração, uma paixão por uma banda.Aquela que você ouve sem cansar. E a minha foi aquela de Aberdeen nos estados unidos, composta por Krist Novoselic, Dave Grohl e por aquele cantor loiro de olhos azuis chamado Kurt Cobain.
Sim, o Nirvana.
Para quem olha pra mim, talvez nao acredite, mas sim aquelas musicas conseguiam tocar minha alma de uma maneira unica e indescritivel.
Fui tomada por essa paixão quando ouvi pela primeira vez a batida forte, melancolica, dotada de rebeldia e essencia, mas também envolvente "Smeels Like teen spirit". Comum situação para muitos fãs do nirvana e "vivenciadores" dos anos 90.
Usei calças rasgadas, um tênis vermelho surrado e blusas pretas, acreditem se quiserem, mas isso aconteceu um dia.Ou seja, eu entrei no verdadeiro espirito do grunge da banda.
Na época eu nem sabia que o Kurt usava tantas drogas, ou da sua triste historia de vida. Eu apenas me identificava com aquele sentimento transposto nas letras.
Um tempo depois fui procurar saber mais da vida dele, pois não era uma coisa tão de fã-ídolo, mas eu sentia que precisava saber mais sobre ele, que de certa forma, escrevia para mim e por mim. Dai achei ema lgum lugar que agora nem vou lembrar, uns trechos da carta de despedida dele.
Isso tudo me veio a mente, porque esses dias a gente tava no marcelo e começou a ouvir nirvana e eu comecei a me lembrar daquela época. No outro dia ouvi a tarde inteira. Também porque eu tava lendo o bibliografia dele "Heavier than heaven", mas nao terminei ainda.
Nessa tarde que comecei a relembrar, achei em um dos meus diarios os trechos da carta, mas tavam incompletos. Procurei na internet e achei ela completa e traduzida.
Ela é comovente, triste e causa alguma coisa em mim que nao sei explicar..

"Falando da língua de um simplório experiente que obviamente preferiria ser um eliminado, infantil e chorão. Este bilhete deve ser fácil de entender.

Todas as advertências dadas nas aulas de punk rock ao longo dos anos, desde a minha primeira introdução a, digamos assim, éticas envolvendo independência a aceitação de sua comunidade provaram ser verdadeiras. Há muitos anos eu não tenho sentido a excitação de ouvir ou fazer música, bem como ao ler e escrever. Minha culpa por isso é indescritível em palavras.

Por exemplo quando estou atrás do palco e as luzes apagam e o ruído maníaco da multidão começa, não me afeta do jeito que afetava Freddy Merucury que costumava amar, se deliciar com a adoração da multidão que é algo que eu totalmente admiro e invejo. O fato é que eu não posso fazer você de tolo, nenhum de vocês, posso enganar. Simplesmente não é justo a você ou para mim. O pior crime do que eu posso imaginar seria enganar as pessoas sendo falso e fingindo como se eu estivesse me divertindo 100%.

Às vezes eu acho que eu deveria acionar um despertador antes de entrar no palco. Eu tentei tudo dentro de meu alcance para gostar disso(e eu gosto, Deus, acredite em mim eu gosto, mas não foi o suficiente). Eu aprecio o fato de que eu e nós atingimos e divertimos muitas pessoas. Eu devo ser um desses narcisistas que só dão valor as coisas quando elas se vão. Eu sou sensível demais. Preciso ficar um pouco dormente para ter de volta o entusiasmo que eu tinha quando criança.

Nossas últimas três turnês, tive um reconhecimento por parte de todas as pessoas que conheci pessoalmente e dos fãs de nossa música, mas eu ainda não consigo superar a frustração, a culpa e a empatia que eu tenho por todos. Existe o bom em todos nós e acho que eu simplesmente amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal. O triste, o sensível, insatisfeito, pisciano, pequeno homem de Jesus. Por que você simplesmente não aproveita? Eu não sei!
Eu tenho uma esposa que é uma deusa, que transpira ambição e empatia, e uma filha que me recordam muito do que eu era, cheio de amor e alegria, beijando toda pessoa que ela encontra porque todo o mundo é bom e não a fará nenhum dano. E isso me apavora ao ponto de eu mal conseguir funcionar. Eu não posso ficar com a idéia de Frances se tornar o triste, o autodestrutivo e mórbido roqueiro que eu virei. Eu tive muito, muito mesmo, e eu sou grato por isso, mas desde os sete anos , passei a ter ódio de todos os todos os humanos em geral. Apenas por que eu amo e sinto demais por todas as pessoas, eu acho.

Obrigado do fundo de meu nauseado estômago queimando por suas cartas e sua preocupação ao longo dos anos. Eu sou mesmo um bebê errático e triste! Não tenho mais a paixão, então lembrem, é melhor queimar do que se apagar aos poucos.
Paz, Amor, Empatia.

Kurt Cobain

Frances e Courtney, eu estarei em seu altar.
Por favor vá em frente Courtney, por Frances.
Por sua vida, que vai ser mais feliz sem mim.
EU TE AMO, EU TE AMO!"


Hoje eu nem tenho mais aquelas calças rasgadas, o tênis surrado e vermelho desbotado eu ja dei pra alguem, nem poster eu tenho mais, gosto de rock mas hoje sou uma pessoa mais tranquila, contudo isso, essas musicas jamais sairão de mim. Talvez porque fizeram parte da minha vida, talvez porque fazem parte de mim..
Se eu tivesse a chance de falar com ele eu o abraçaria e diria: eu entendo..